Estava pronta para partir e não queria. Amava e não podia ser amada.
Aquela manhã trouxe-lhe uma nova aragem de cheiros novos e adocicados, pensou que era chegada a hora de partir.
Tristezas conspiravam contra ela e fizeram-na desejar partir rumo a esse horizonte, onde talvez se desejasse com muita força a sua felicidade se espreguiçaria de contentamento e saciaria sua sede de ser feliz .
Não olharia para trás...
Sacudiria a saudade que se lhe agarrava ao coração e o apertava magoando-o enquanto lhe cravava as unhas afiadas, fazendo-o agonizar de uma dor dilacerante que lhe chegava à alma.
Pensou que a partida seria fácil... mas como estava enganada!
Foi suave e sorrateira a sua saída ...
Tentou não tropeçar no choro que lhe velara a noite toda. Não acordar as memórias que adormecidas iam caindo a cada passo dado. Tentou esquecer o beijo desejado a cada noite acordada, tentou arrumar a lembrança num canto sem se magoar.
Tentou e não conseguiu...
Olhou o horizonte e esperou o chamamento... não o que vinha de longe mas o que esperava que lhe saísse de dentro...
Não conseguiu ouvir qualquer som... vindo de dentro, nem o horizonte a chamou.
Sentiu o cheiro adocicado que lhe aflorou a memória que tentava guardar. E uma brisou chegou sussurrando ao seu ouvido....
- “ AMO-TE”
Despertando as memórias que nem elas se lembravam de alguma vez tal ter ouvido. Antes que se esvanecesse o sussurro deitaram fora a saudade que se agarrava ao coração e alegraram o sorriso de menina.
Plena de confiança rumou a um horizonte guiada por um vento adocicado...
Será o vento cruel trazendo miragens sussurradas?
By me
Isa
Que os dedos do vento
ResponderEliminarTacteiem tua pele
E acariciem o pensamento…
Que lindo! amiga muita saudades suas,fiquei imensamente contente com sua visita,abraços.
ResponderEliminarQue lindo texto.
ResponderEliminarAdorei esse vento adocicado.
beijo, estou-te seguindo.